sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Colocação Pronominal


O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo quando desempenha função de complemento. Vamos entender, primeiramente, como o pronome pessoal surge na frase e que função exerce. Observe as orações:

1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia ajudá-lo.

Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso reto. Já na segunda oração, observamos o pronome “lhe” exercendo função de complemento, e consequentemente é do caso oblíquo.
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso, o pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se devia ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe).
Importante: Em observação à segunda oração, o emprego do pronome oblíquo "lhe" é justificado antes do verbo intransitivo "ajudar" porque o pronome oblíquo pode estar antes, depois ou entre locução verbal, caso o verbo principal (no caso "ajudar ") estiver no infinitivo ou gerúndio. 
Exemplo: Eu desejo lhe perguntar algo.   
Eu estou perguntando-lhe algo.
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição, diferentemente dos segundos que são sempre precedidos de preposição.
Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu estava fazendo.
Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o que eu estava fazendo.

Colocação pronominal 
De acordo com as autoras Rose Jordão e Clenir Bellezi, a colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se referem.

São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos.

O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na oração em relação ao verbo:
1. próclise: pronome antes do verbo
2. ênclise: pronome depois do verbo
3. mesóclise: pronome no meio do verbo

Próclise 
A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:
Palavras com sentido negativo:
Nada me faz querer sair dessa cama.
Não se trata de nenhuma novidade.
Advérbios:
Nesta casa se fala alemão.
Naquele dia me falaram que a professora não veio.
Pronomes relativos:
A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje.
Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram.
Pronomes indefinidos:
Quem me disse isso?
Todos se comoveram durante o discurso de despedida.
Pronomes demonstrativos:
Isso me deixa muito feliz!
Aquilo me incentivou a mudar de atitude!
Preposição seguida de gerúndio:
Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais indicado à pesquisa escolar.
Conjunção subordinativa:
Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.

Ênclise
A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A ênclise vai acontecer quando:
O verbo estiver no imperativo afirmativo:
Amem-se uns aos outros.
Sigam-me e não terão derrotas.
O verbo iniciar a oração:
Diga-lhe que está tudo bem.
Chamaram-me para ser sócio.
O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da preposição "a":
Naquele instante os dois passaram a odiar-se.
Passaram a cumprimentar-se mutuamente.
O verbo estiver no gerúndio:
Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreocupada.
Despediu-se, beijando-me a face.
Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
Se passar no vestibular em outra cidade, mudo-me no mesmo instante.
Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.

Mesóclise 
A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no futuro do presente ou no futuro do pretérito:
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã.
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável.




Interjeição

Interjeição
  Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas mais elaboradas. Observe o exemplo:
Droga! Preste atenção quando eu estou falando!
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua raiva se traduz numa palavra: Droga!
Ele poderia ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou simplesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga!
     As sentenças da língua costumam se organizar de forma lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e os distribui em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por outro lado, são uma espécie de "palavra-frase", ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma sentença. Veja os exemplos:

Bravo! Bis!
bravo e bis: interjeição
sentença (sugestão): "Foi muito bom! Repitam!"

Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé...
ai: interjeição
sentença (sugestão): "Isso está doendo!" ou "Estou com dor!"

A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um suspiro, um estado da alma decorrente de uma situação particular, um momento ou um contexto específico.

Exemplos:
Ah, como eu queria voltar a ser criança!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição

Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição

O significado das interjeições está vinculado à maneira como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto de enunciação.

Exemplos:
Psiu!
contexto: alguém pronunciando essa expressão na rua
significado da interjeição (sugestão): "Estou te chamando! Ei, espere!"

Psiu!
contexto: alguém pronunciando essa expressão em um hospital
significado da interjeição (sugestão): "Por favor, faça silêncio!"

Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
puxa: interjeição
tom da fala: euforia


Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
puxa: interjeição
tom da fala: decepção

As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:

a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, tristeza, dor, etc.
Por exemplo:
- Você faz o que no Brasil?
-Eu? Eu negocio com madeiras.
-Ah, deve ser muito interessante.

b) Sintetizar uma frase apelativa
Por exemplo:
Cuidado! Saia da minha frente.

As interjeições podem ser formadas por:
a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô.
b) palavras: Oba!, Olá!, Claro!
c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, Ora bolas!


A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes da entonação com que é pronunciada; por isso, pode ocorrer que uma interjeição tenha mais de um sentido.

Por exemplo:
Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contrariedade)
Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria)


www.soportugues.com.br

Artigo e Numeral

Artigo
  Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o número dos substantivos.
Classificação dos Artigos
Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira precisa: o, a, os, as.
Por exemplo:
Eu matei o animal.
Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas.
Por exemplo:
Eu matei um animal.

Numeral
   Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em determinada sequência.
   Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos.
   Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos:década, dúzia, par, ambos(as), novena.


Classificação dos Numerais
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Por exemplo: um, dois, cem mil, etc.
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Por exemplo: primeiro, segundo, centésimo, etc.
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos seres. Por exemplo: meio, terço, dois quintos, etc.
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada. Por exemplo: dobro, triplo, quíntuplo, etc.

Leitura dos Numerais 
Separando os números em centenas, de trás para frente, obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no início, também de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção e.

Por exemplo:
1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte e seis.
45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.

www.soportugues.com.br

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Realismo - Literatura



  A literatura do Realismo reflete a realidade da segunda metade do século XIX nas produções literárias. Os autores desse período procuraram seguir a tendência filosófica do Positivismo, ao observar e analisar a realidade e ao reproduzi-la fielmente. 
Ao contrário do Romantismo, fase literária anterior, os escritores realistas não expressavam subjetividade na linguagem, assumiram uma postura cientificista em relação aos fatos reais. 
  As características da literatura realista se contrapõem com as românticas. Os cenários passaram a ser urbanos e o ambiente social passou a ser valorizado ao invés do natural. O amor e o casamento, os quais eram elementos de felicidade no Romantismo, transformaram-se em convenções sociais de aparência. 
   Não houve uma idealização da figura masculina como herói e sim uma exposição do homem que trabalha e que luta para sair de uma condição medíocre. 
   O próprio nome deste período fala a respeito de sua característica mais marcante: a realidade. A contemporaneidade é um atributo dos autores do Realismo que se preocupavam com o momento histórico, com o momento presente da sociedade em seus contextos políticos e econômicos. 
   As personagens criadas foram baseadas em pessoas comuns encontradas no cotidiano dos escritores, com suas obrigações diárias condicionadas a fatores de raça, de clima, de classe social. 
   A linguagem no Realismo é mais simples, sem preocupações estéticas exacerbadas, de modo a abranger um público maior. 
     O início da literatura realista se dá com a publicação de Madame Bovary de Gustave Flaubert, na França, o qual é um espelho da realidade burguesa da época retratado na figura de uma mulher de classe média. No Brasil, Machado de Assis inicia os ideais do Realismo com Memórias Póstumas de Brás Cubas, o qual se trata de um romance psicológico, cuja personagem principal é Brás Cubas, um defunto-autor que expõe ao leitor suas experiências pessoais.
http://www.brasilescola.com/literatura/literatura-no-realismo.htm
Descomplicando :
O Realismo,diferente do Romantismo,utilizava linguagens diretas e simples que permitiam a leitura pela maior parte da população.Seus escritores retratavam o povo desmascarando a idealização do Romantismo e mostrando as mentiras,a falsidade e o egoísmo presente no ser humano.Ao invés de exaltar o cenário da natureza,o realismo retrata o cenários urbano presente na vida das pessoas.O amor e o casamento deixam de ser  perfeitos e passam a ser um relacionamento falso e de pura aparência.
Realismo se deu origem na França,com a obra Madame Bovary de Gustave Flaubert,e aqui no Brasil começou com Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Fatorial

    Na matemática utilizamos equações para resolver uma série de situações-problema. Existem fórmulas para resolver alguns tipos de equações; padrões e procedimentos para resolução de outras; o uso de propriedades operatórias para simplificação de cálculos; enfim, utilizamos todo conhecimento matemático a fim de obter o valor da incógnita em uma equação.
        Em determinadas equações aparecem o conceito de fatorial, mostrando a necessidade de se conhecer bem a definição de fatorial e suas propriedades operatórias. Vejamos alguns exemplos dessas equações e como resolvê-las. Antes, vamos relembrar o conceito de fatorial de um número.

Seja n um número natural. O fatorial de n, representado por n!, é o produto de n por seus antecessores até 1. Ou seja:


Exemplo: Resolva as seguintes equações.

a) x - 5 = 4!

Solução: Esse é o caso mais simples de equação envolvendo fatorial. Temos que:

4! = 4∙3∙2∙1 = 24

Assim, a equação fica da seguinte forma:

x – 5 = 24
x = 24 + 5
x = 29

b)

Solução: Nesse tipo de equação é necessário desenvolver o fatorial no numerador ou no denominador da fração a fim de que o fatorial seja cancelado.
Podemos escrever n! da seguinte forma:

n! = n∙(n-1)!

Substituindo na equação inicial, obtemos:


c)

Solução: Podemos escrever n! da seguinte forma:

n!=n∙(n-1)∙(n-2)!

Substituindo na equação inicial, obtemos:


d)

Solução: Devemos reescrever (n – 1)! para simplificar com o denominador da fração. Assim, teremos:

(n-1)! = (n-1)∙(n-2)∙(n-3)!

Substituindo na equação inicial, obtemos:




terça-feira, 26 de junho de 2012

Entalpia de formação

Entalpia é a quantidade de energia em uma determinada reação, podemos calcular o calor de um sistema através da variação de entalpia (∆H).

A variação da Entalpia está na diferença entre a entalpia dos produtos e a dos reagentes, sendo assim, o calor de uma reação corresponde ao calor liberado ou absorvido em uma reação, e é simbolizado por ∆ H, veja como se calcula: 

Δ Htotal = ΔH final – ΔH inicial 

A variação da entalpia pode ser determinada pela equação acima, e depende da temperatura, pressão, estado físico, número de mol e da variedade alotrópica das substâncias. 

Em algumas reações químicas (não sintetizadas), não é possível calcular o valor de 
Δ H, o que faz com que sua entalpia seja conhecida através da entalpia de outras reações, daí entra a Lei de Hess: em uma reação a variação de entalpia é a mesma, independente da etapa em que a reação ocorre.

Com o intuito de se calcular a entalpia de reações, foi criada uma forma padrão de realizar comparações, chamada entalpia-padrão, para que as entalpias sejam comparadas de acordo com uma da mesma condição, o que leva o nome de estado-padrão.

Exercício - lei de Hess resolvido


Exercício: (FUVEST) O Benzeno pode ser obtido a partir de hexano por reforma catalítica. Considere as reações de combustão:
H2(g) + ½ O2(g) -> H2O(l) ΔH = -286 KJ/mol
C6H6(l) + 15/2 O2(g) -> 6CO2(g) + 3H2O(l) ΔH = -3268 KJ/mol
C6H14(l) + 19/2 O2(g) -> 6CO2(g) + 7H2O(l) ΔH = -4163 KJ/mol
Pode-se então afirmar que na formação de 1 mol de benzeno, a partir do hexano, há:
  1. Liberação de 249 KJ
  2. Absorção de 249 KJ
  3. Liberação de 609 KJ
  4. Absorção de 609 KJ
  5. Liberação de 895 KJ
Solução:
  1. Inverte-se a primeira equação multiplicando por 4
  2. Inverte-se a segunda equação
  3. A terceira equação permanece a mesma
(H2O(l) -> H2(g) + ½ O2(g)).4                                        (ΔH = +286 KJ/mol).4
6CO2(g) + 3H2O(l) -> C6H6(l) + 15/2 O2(g) ΔH = +3268 KJ/mol                 +
C6H14(l) + 19/2 O2(g) -> 6CO2(g) + 7H2O(l) ΔH = -4163 KJ/mol
______________________________________________________________
C6H14(l) -> C6H6(l) + 4H2(g) ΔH = +249 KJ/mol
Assim, a alternativa B está correta: ocorre absorção de 249 KJ a cada mol de benzeno formado.